Atualmente, observamos na mídia
escandalosos aumentos salariais dos políticos. Todos atestam que muitos destes aumentos estão
de acordo com a lei. No entanto, quem elaborou esta lei? Como esta lei beneficia
a sociedade, a população e o desenvolvimento do município? Podemos observar que
os únicos favorecidos foram os próprios autores da lei. O interessante que,
neste contexto, os legisladores agarram-se a lei e exigem que a mesma seja
cumprida.
No entanto, quando as leis cobram dos legisladores deveres não cumpridos, a memória se torna fraca, desculpas esfarrapadas são
dadas e o descumprimento das mesmas continua. Justificativas são dadas, promessas de
resolutividades são feitas e tudo termina do jeito que estava. A justiça que
muitas vezes não é justa termina esquecida, esfarrapada e embolorada nas
diversas publicações em todas as repartições públicas. Tais publicações enfeitam
as estantes e confere uma sobriedade e ar de intelectualidade aos ocupantes
destas repartições.
A memória dos políticos e da população
tem curta duração. Esta dura apenas o período em que a revolta e os desagravos
da sociedade são expressas diariamente na mídia. Dias vão se passando e as notícias
a respeito do assunto vão desaparecendo da mídia, assim como o sentimento de
revolta. Tudo termina como começou. Os salários permanecem inalterados e os
beneficiários continuam os mesmos. E como a maioria da população é formada de
pessoas desconhecedoras das leis e letras (leem e não compreendem o que leram)
permanecem impassíveis diante do quadro. Por que brigar? Não adianta brigar. As
coisas não irão mudar. O comodismo dos seus mundos e as escassas e ínfimas “vantagens”
que os mesmos ganham esporadicamente em períodos eleitorais são suficientes.
Solicitei várias vezes por e-mail
a diversos partidos políticos algumas explicações e informações de dúvidas a
respeito de várias questões que surgiram e desapareceram da mídia. E a resposta
obtida foi um estrondoso SILÊNCIO. Muitas destas pessoas devem me achar um
chato, inconveniente e desiludido da vida, que reclama de tudo. No entanto,
como um aluno observador e ávido por conhecimento apenas questiono. Apenas tento
exercer os meus direitos de cidadão para que possa praticar a minha cidadania.
Curioso, observo e começo a
analisar o abismo entre o que está escrito na lei e a realidade. Por exemplo: A Constituição Federal em seu artigo (Art.)
5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade...”
Igualdade? Onde se escondeu? Políticos
com inúmeras mordomias. Aumentos salariais muito além dos trabalhadores
normais. Salários extras. Recessos parlamentares e férias absurdamente
distantes da maioria dos trabalhadores.
A mudança
deste quadro tem que se iniciar com a educação básica. Educadores, organizações
sociais e a comunidade pensante tem que sair dos seus ostracismos e exercer as
suas cidadanias. Devem tirar da escuridão do desconhecimento os cidadãos que estão
se formando. Formar questionadores. Mostrar-lhes que têm direitos e força para
mudar o mundo e acabar com a incômoda fala: isto não vai mudar e não tem mais
jeito. Se agirmos e pensarmos assim realmente, nada será mudado.
Vejamos
alguns exemplos do que temos que mudar:
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